Já caí em um aquário de peixes, já coloquei
Coca-Cola na frigideira.
Já corri de um camelo, já falei primeiro que a
professora, correção, já falei com plantas.
Já me olhei no espelho, e comecei a dançar, mesmo
sem música. Já fiz uma grande bola de chiclete, e melequei todo o meu rosto,
quando estourou.
Já chorei de soluçar, já fiquei rouca, já fiz um
vídeo do filme “A Midsummer Night’s Dream”, já pensei em desistir de tudo, mas
lembrei de todo o meu esforço.
Já cantei dormindo, já tomei banho com óculos, já
dormi por doze horas seguidas, já queimei toda a comida, já tomei choque no
computador, já caí na lama. Já escrevi duzentas palavras, no celular, já comi
uma pimenta, que ficou ardendo por dois dias.
Já fiquei falando por seis horas seguidas, já dormi
no cinema, já comprei seis brincos do filtro dos sonhos, já me engasguei com a
própria saliva, já participei de um projeto chamado “Carta para o futuro”. Já
fiquei um dia todo assistindo filmes, já tive catapora.
Já comprei um saquinho de balas por doze Reais, já
fui dormir seis horas da manhã, já fiquei cinco dias fazendo um trabalho. Já
gritei com o meu dentista, já quebrei minha unha, na carne, já viajei por oito
horas. Já perdi meu cachorro, mas achei, já me escondi atrás da cortina, e
esqueci os pés para fora.
Já confundi sentimentos, já tentei esquecer algumas
pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer, já chorei
sentada no chão do banheiro, já vi pôr-do-sol-cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina, sem vontade de voltar, já
senti medo do escuro, já tremi de nervoso. Já acordei no meio da noite, e
fiquei com medo de levantar, já gritei de felicidade, já ri do meu professor de
Língua Portuguesa (Prof.Esp. Flávio B. S. dos Santos), por ele raspar o cabelo,
e deixar uma falha atrás da cabeça. Já quebrei copos e pratos, lavando a louça.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados
pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamando coração. E agora um
formulário me interroga, me encosta na parede e grita: “Qual sua experiência?”.
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência...
experiência. Será que ser “plantador de sorrisos” é uma boa experiência? Não!
Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora, gostaria de indagar uma pequena coisa para
quem formulou esta pergunta: “Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo
se renova?”
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A Paródia é um Gênero Textual com característica
predominantemente Narrativa.
Segundo o minidicionário Língua Portuguesa (2009, p. 244), Paródia significa
Texto adaptado nas aulas de Técnica de Redação no Centro Educacional Vila Verde, sob a orientação do Prof. Esp. Flávio B. S. dos Santos.
FONTE
http://profempreendedor.
blogspot. com. br/2013/02/voce-tem-experiencia-original.html -
Acessado em: 21/04/2015.
SCOTTINI, Alfredo. Minidicionário Escolar da Língua
Portuguesa. São Paulo: Editora Todolivro, 2009.
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